Vinho derramado por do sol precioso,
o sangue manchado pano do céu,
em um manto envolto vem surgindo a noite estrelada
e em silêncio a vida nos oferece um tempo de milagres ...
Autor Milli-Adele
Na via do amor
Há dias incolúme ao lamento
Da vida envolta em grito e ais
Nada que se fale importa mais
Só o suborno do esquecimento
Salvas a uma época que passo
Sem dor da guerra e seus traços
Sem a dor do amor e estilhaços
de meus conturbados embaraços
Não mais a ilusão dos prazeres
Jogados na vozes risos dos seres
Que faziam a parte das lembranças.
Chegou a alvorada a vida continua
Em direções opostas de ruas nuas
Caminho na direção da esperança
Alma Gort
Pintando aquarela
Na aquarela do destino indolente
Sem perceber os supostos deslizes
Algum tempo em passos descrentes
Noutro tempo em passos felizes
E quando a vida se fêz lágrimas
árduos juros penei das agonias
O pranto de então eu fiz de poesia
Quando acabou os passos da folia
Hoje esperanças ficaram bem atrás
Mas vivem comigo em leva e traz
Como se acostumassem dia a dia
Meu eu vagando descobre de repente
Um céu anil acima faz-me um crente
Na vida e céu das minhas fantasias.
Alma Gort
Um bem me quer
Vivo momento dos sentidos
Sem lei minha alma se define
Espaços sentidos e sublimes
Na memória são inesquecidos
Um mundo dentro do destino
Filmes enredos da existência
Os jogos de amor pura essência
Entretecidos em elos perdidos
Onde existem vagas intenções
Enredos das minhas emoções
Esquecidos num canto qualquer
Um amor se perdeu em desalinho
Algo apagado de tão pequenino
Última pétala de um bem-me-quer
Mais um dia
Espelha-se paisagens em desalinho
Qual miragem em nu pensamento
O pequeno principe em seu momento
Avista o porto procura seu destino.
Qual albatroz descança solitário
Avista algum lugar na paisagem
Pleno pousa na pálida paragem
São alelos da vida de outras vidas.
Sobre o cais d'um porto desconhecido
Então ele descansa na sua esperança
Deixou-se adormecer sem regalia.
A madrugada lhe aninha adormecido
Vendo estrelas num sonho esmaecido
Espera o amanhã de luz de mais um dia...
Alma Gort
Houve um tempo
Houve tempo de amores intensos
Que passaram qual moinho ao vento
Lendários e livres como o ar relento
Tempo de jovem num tempo extenso
Houve beijos inesquecíveis molhados
Bocas e desejos em seguidos desvários
Que foram julgados levados ao calvário
Lugar onde o amor despeja seus fardos.
Mas, tudo se acabou no vazio do nada
Já se passaram anos desta nua estrada
Quem não viveu um intenso momento?
Nada esquecido num lembrar pretenso
um tempo de amôres de desejo imenso
Amôres e desejos que foram no tempo.
Alma Gort
Perfume de Amor
Fulgores do vasto pensamento
Sorrateiramente segue diligente
Traz desejos e paixão eminente
Expondo seu sentido e intento.
Ali o amor enlaça seus marcos
Há tormenta na vida atormentada
tempestade desértica nua estrada
caminho estreito e pés descalços
Segue sutil em sorrateiro passo
Animal humano que vaga faminto
Atrás da presa na ânsia do instinto
Exuberante a vida em florescência
Exala perfume do amor em essência
Natureza e homem caçam seu destino.
Alma Gort